sábado, 20 de outubro de 2012

Filhos e felicidade

Por que a discussão realista sobre os problemas da paternidade causa tanto desconforto – e como ela pode ensinar os casais a sofrer menos.

 

É 1 hora da madrugada. Um choro estridente desperta a ex-judoca olímpica Danielle Zangrando, de 33 anos. Desde que levou Lara do hospital para casa, as mamadas a cada três horas impedem o sono de antes. Ela pula da cama e oferece à filha o peito. Depois, troca a décima fralda daquele dia, embala a bebê no colo, caminha com ela em busca de uma posição que a faça parar de chorar. O choro prossegue. Daniele tenta bolsa de água quente e gotinhas de remédio. Nada de o berreiro cessar. Duas horas depois, mãe e filha formam um coro: Danielle também cai em prantos, desesperada. É a primeira cólica de Lara, com 20 dias de vida. O pai, Maurício Sanches, funcionário público de 48 anos, se sente impotente. Está frustrado e desconta a frustração na mulher: “Você comeu algo que fez mal a ela?”. A partir de então, Danielle se privará também do chocolate. Já desistira do sono, da liberdade, do trabalho como comentarista de esporte. Na manhã seguinte, ainda exausta da maratona noturna, retomará a mesma rotina, logo cedo: amamentar, dar banho, trocar fralda, botar para dormir. “Ninguém sabe de verdade como é esse universo até entrar nele”, diz Danielle. Hoje, Lara está com 2 anos. As noites não são tão duras quanto costumavam ser. Mas Danielle e Sanches ainda dizem que ter filhos é uma missão muito mais difícil do que eles haviam imaginado.
Eis um problema: a paternidade, que deveria ser o momento mais feliz da vida dos casais – de acordo com tudo o que aprendemos –, na verdade nem sempre é assim. Ou, melhor dizendo, não é nada disso. Para boa parte dos pais e (sobretudo) das mães, filhos pequenos são sinônimo de cansaço, estresse, isolamento social e – não tenhamos medo das palavras – um certo grau de infelicidade. Ninguém fala disso abertamente. É feio. As pessoas têm medo de se queixar e parecer desnaturadas. O máximo que se ouve são referências ambíguas e cheias de altruísmo aos percalços da maternidade, como no chavão: “Ser mãe é padecer no Paraíso”. Muitas que passaram pelo padecimento não se lembram de ter visto o Paraíso e, mesmo assim, realimentam a mística. Costumam falar apenas do amor incondicional que nasce com os filhos e das alegrias únicas que se podem extrair do convívio com eles. A depressão, as rachaduras na intimidade do casal, as dificuldades com a carreira e o dinheiro curto – disso não se fala fora do círculo mais íntimo e, mesmo nele, se fala com cuidado. É tabu expor a própria tristeza numa situação que deveria ser idílica.
 
A boa notícia para os pais espremidos entre a insatisfação e a impossibilidade de discuti-la é que começa a surgir um movimento que defende uma visão mais realista sobre os impacto dos filhos na vida dos casais. Seus adeptos ainda não marcham nas ruas com cartazes contra a hipocrisia da maternidade como um conto de fadas. Mas exigem, ao menos, o direito de falar publicamente e com franqueza sobre as dificuldades da situação, sem ser julgados como maus pais ou más mães por se atrever a desabafar. Por meio de livros e, sobretudo, com a ajuda da internet, eles começam a falar claramente sobre os momentos de angústia, tédio e frustração que costumam acompanhar a criação dos filhos. Nas palavras da americana Selena Giampa, uma bibliotecária de 35 anos, dona do blog Because Motherhood Sucks (A maternidade enche...), “a maternidade está cheia de momentos de pura felicidade e amor. Mas tudo o que acontece entre esses momentos é horrível. Amo ser mãe, de verdade. Mas tenho de dizer a vocês que, assim como qualquer outro emprego, muitas vezes eu tenho vontade de pedir as contas”. Com uma notável diferença: ninguém pode se demitir do emprego de mãe ou de pai. Ele é vitalício.
O melhor exemplo dessa nova maternidade é o livro Why have kids (Por que ter filhos), sem previsão de lançamento no Brasil, escrito pela jornalista americana Jessica Valenti, de 34 anos. Durante a gravidez de sua primeira e única filha, Jessica teve um aumento perigoso de pressão arterial. Layla nasceu prematura, pesando menos de 1 quilo. Passou oito semanas na incubadora do hospital. Ao longo dos 56 dias em que viu a filha sofrer dezenas de procedimentos invasivos, Jessica refletiu sobre como idealizara a experiência de ser mãe. Seu livro parte daí para criticar a cobrança pela maternidade perfeita, uma espécie de pano de fundo imaginário contra o qual as mães de verdade comparam suas imensas dificuldades e seus inconfessáveis sentimentos negativos. “Não falar sobre a parte ruim da maternidade só aumenta o drama dos pais e as expectativas irrealistas de quem ainda não é”, disse Jessica a ÉPOCA

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/10/filhos-e-felicidade.html

 

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Após greve de colegas, universitário com surdez consegue intérprete


Aluno da PUC-GO já está sendo acompanhado por profissional em sala. Ele estava desde o dia 28 de setembro sem poder assistir às aulas. 


O aluno com deficiência auditiva do 4º período do curso de história da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), em Goiânia,  já está sendo acompanhado por uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras). No início da semana, os colegas de Rodrigo Nascimento Guedes, de 21 anos, fizeram uma paralisação em solidariedade ao jovem que desde o dia 28 de setembro estava sem ir às aulas por falta de um intérprete em sala para ajudá-lo a compreender o conteúdo.
De acordo com a representante da turma, Rosemeire Vaz, a nova intérprete já iniciou o trabalho na quinta-feira (19), dois dia após a reivindicação dos alunos. Segundo ela, a instituição foi acionada sobre o problema 30 dias antes do antigo intérprete sair, quando ele começou a cumprir aviso prévio. “Tivemos que fazer essa greve. Ou seja, ele ficou quase 30 dias, desde a saída do outro profissional, sem acompanhamento”.
A universidade informou que já tinha aberto vagas para o cargo. Porém, alega que mesmo diante da divulgação das mesmas, nenhum candidato havia se habilitado. A assessoria de imprensa informou também, na manhã desta sexta-feira (19), que a universidade já estava à procura do profissional e que ele seria contratado independentemente da paralisação dos alunos.
utra colega de Rodrigo, Heloiza Helena Leite, diz que acredita que a manifestação dos alunos tenha ajudado a divulgar o caso e a solucioná-lo: “Não tivemos a intenção de mostrar o lado negativo, mas apenas reivindicar um direito para que ele seja, de fato, garantido. Fico muito feliz que ele tenha conseguido”. No entanto, a estudante tem medo de que o colega volte a ficar sem o acompanhamento: “Agora, vamos ver na prática o que vai acontecer, se ela vai permanecer, se vai ser assegurado esse direito à acessibilidade”, argumenta.
Direito
De acordo com o artigo 23 do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, as instituições de educação superior “devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação”.

Segundo a mãe de Rodrigo, Rosemeire Bento Nascimento Guedes, o filho perdeu 100% da audição aos dois anos, em decorrência da meningite. “Ele fica triste com a situação porque ele é muito esforçado. Trabalha e estuda para ser igual aos outros. Mas como ele não faz leitura labial, sem a intérprete fica difícil. Quando ele fez o vestibular, apresentou um laudo médico e a PUC sabia que estava recebendo um aluno com surdez”, lembra.

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sábado, 13 de outubro de 2012

Museu de biologia permite que cegos toquem micro-organismos


Cegos e pessoas com baixa visão vão poder tocar alguns micro-organismos que visitantes convencionais do Museu de Microbiologia do Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo, só veem por meio do microscópio ou em reprodução artística.
O espaço conta, desde a semana passada, com modelos táteis, para serem manuseados por deficientes visuais, de quatro grupos de micro-organismos: fungos, bactérias, vírus e protozoários.
"Museus de todo o mundo tem uma grande preocupação com a acessibilidade e estão procurando maneiras de resolver a questão. Vínhamos notando também a necessidade de atender o público com deficiência visual", afirmou Viviane Maimoni Gonçalves, diretora do museu.


Os objetos da exposição "Microtoque", desenvolvidos por um grupo especializado, simulam características dos micro-organismos. Cores contrastantes e fortes foram adotadas para ajudar pessoas de baixa visão a compreenderem melhor os materiais.
Os cegos também poderão percorrer a estrutura do museu com a ponta dos dedos. Foi produzida uma maquete do local para ser tateada.
Além disso, o visitante poderá tocar, dentro da Praça dos Cientistas, os bustos que simbolizam 11 grandes pesquisadores mundiais, de Albert Sabin a Vital Brasil.
As explicações sobre as características dos micro-organismo e a biografia dos cientistas são dadas aos deficientes por meio de áudio-guia.
As visitas para o público com deficiência visual acontecem as sextas-feiras, duram cerca de uma hora e precisam ser agendadas.
"Adorei poder ter contato com os fungos e as bactérias", disse sorrindo a funcionária pública Maria Rita Paiva de Souza, que é cega.
Segundo ela, que é dona de cão-guia e pode entrar normalmente na exposição com o companheiro, "o material é muito bem-feito e vai ajudar, principalmente, estudantes de biologia e crianças".
MUSEU DE MICROBIOLOGIA DO INSTITUTO BUTANTAN
ONDE: Av. Vital Brasil, 1.500
QAUNTO: Visitas de deficientes visuais são de graça e devem ser agendadas pelo (11) 2627-9541


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Materiais disponíveis no Portal do Professor

Gente este material foi disponibilizado pelo curso de de tecnologias Assistivas na Educação que estou cursando através da UNESP, compartilho com vocês. Façam bom proveito e visitem os Links.


Exemplos de Aulas do site Portal do Professor/MEC que utilizam OA de diferentes disciplinas e que têm cunho inclusivo:

 

Aula Reciclagem:
Conhecendo o estado do Paraná:
O Sistema Solar:
Saneamento Básico: você sabe o que é isso? E qual sua importância?
Conhecendo o arquipélago de Fernando de Noronha
Aprendendo um pouco sobre a construção das Leis
Somos todos iguais?
Alimentos raízes?
De onde vêm as ondas do mar?
Lixo e Natureza não combinam!

Alfabetizando por meio de histórias em Quadrinhos!
De onde vem a energia elétrica?
Amigos da Água
Como combater a Dengue?
Aprendendo a compor frases!
O Corpo Humano
Quebrando a Cabeça com o Brasil
A criação do Universo, sob diferentes pontos de vista
Quebra-Cabeça e Reciclagem
Conhecendo a LIBRAS

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1017

 

Soroban: o que é e como se utiliza?

Você já ouviu falar sobre Tecnologias Assistivas?

O que é acessibilidade e porque ela é tão importante?

 

O que é Síndrome do X-Frágil? Por que síndrome e não Doença?

O Autismo no contexto escolar.

Síndrome de Williams-Beuren: o que é? Por que é síndrome e não Doença?

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22160

 

Paralisia Cerebral: que parte do cérebro é atingida?

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22053

Violência na escola! Diga não!

Como construir uma escola Inclusiva e Acessível para todos

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19578

 

As Deficiências Múltiplas na escola

A Deficiência Auditiva na escola

A Deficiência Visual na escola

A Deficiência Física na escola

A Deficiência Mental na escola

Brincando de aumentar e diminuir/ Educação Física/Ensino Especial
Usando os bambolês/Ensino Especial/ Discalculia
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15552
A ação motora e a Hiperatividade/Ensino Especial
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24270
Pontos cardeais: trabalhando a noção de direção/ Educação Física/ Ensino Especial
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18532
Brincar e Desenvolver: esquema corporal e equilíbrio/ Educação Física/Ensino Especial
Auto-conceito: escolhas e iniciativas/ Educação Física/Ensino Especial
Forma geométrica: brincando com a bola/ Educação Física/ Ensino Especial
Elementos básicos para se equilibrar/Ensino Especial
Associar: figuras e seus significados / Ensino Especial
Brincando com as letras/ Ensino Especial
Relaxamento corporal /Ensino Especial
Noção de tempo e espaço / Ensino Especial
Trabalhando a organização de caminhos e trajetórias/ Ensino Especial
Localização geográfica: conhecendo o mundo/ Educação Física/Ensino Especial
Data Comemorativa: Dia das Saudações
Autoconfiança: Vamos ver quem consegue? / Ensino Especial
Data Comemorativa: Dia do Inventor/ Ensino Especial
Modelar e construir letras e palavras/ Ensino Especial

Tabuleiro: instrumento de aprendizagem/ Ensino Especial
Trabalho articulado entre o canto e a dança/ Ensino Especial
Brincando com Bexigas/Ensino Especial
Contar histórias, traçar trajetórias: eu começo e você continua.../ Ensino Especial
Brincando com as diferenças/Ensino Especial
Vamos brincar de contar?/Ensino Especial
Data Comemorativa: Dia do Feirante/ Ensino Especial
Trabalhando o lançar e receber /Ensino Especial
A construção do movimento como forma de expressão/Ensino Especial
Autoconhecimento e a forma de ação/Ensino Especial
Conhecer e controlar os movimentos /Ensino Especial
Equilíbrio e deslocamentos corporais em diferentes níveis e trajetórias/Ensino Especial
Conhecendo os números/ Educação Física/ Ensino Especial

Lateralidade: de um lado para o outro/Ensino Especial
Trabalho articulado entre instrumento musical e canto/Ensino Especial
Instrumentos de percussão: sons e ritmos /Ensino Especial
Trabalho articulado entre a música e o canto/Ensino Especial
Malabarismo: controle do pegar e soltar /Ensino Especial
Controle manual: pinçar e pegar/Ensino Especial
O Circo e os movimentos/Ensino Especial
Data Comemorativa: Dia do Teatro/ Ensino Especial
Pensar, Repensar e Representar/Ensino Especial
Brincando e coordenando-se /Ensino Especial/ Deficiência Mental
Diferentes formas de conhecer e reconhecer o outro/Ensino Especial
Concentração e sua capacidade de ação/Ensino Especial
Relação entre imagem e ação corporal / Ensino Especial

Organização de trajetórias/Ensino Especial
Data Comemorativa: Dia do Pintor/ Ensino Especial
Socialização: elemento para trabalhar com TDAH/Ensino Especial
Posturas: quadrupedia e cócoras e suas possibilidades de equilíbrio/Ensino Especial
Criando sua própria história/Ensino Especial
Confeccionar e Brincar/ Ensino Especial/ Deficiência Intelectual
Aula inclusiva para crianças com deficiência visual
Sílabas e Palavras: embaralhando e desembaralhando / Ensino Especial
Trabalhando com números e contas / Educação Física / Ensino Especial
Aprendendo a escrever/ Ensino Especial
Data Comemorativa: Dia do Trânsito/ Ensino Especial
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26228
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Valor de ser educador...

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Trabalhar a Inclusão


Texto extraído de: Vida Mais Livre

Muita gente associa o conceito de acessibilidade apenas ao ir e vir de um lugar ao outro. A verdade é que a qualidade do que é acessível se estende por várias áreas, serviços e direitos, que juntos passeiam por nossa vida cotidiana e nos permitem exercer cidadania. O acesso ao mercado de trabalho é um exemplo destas frentes a ser contempladas.

No último mês, no dia 24 de julho, a Lei de Cotas comemorou seus 21 anos de vigência no Brasil. Para celebrar o marco, lançamos no portal Mara Gabrilli (www.maragabrilli.com.br) uma importante ferramenta para orientar as empresas na contratação de pessoas com deficiência: a Cartilha de Inclusão Profissional.
Leia também:


O material traz 50 páginas com informações de procedimentos técnicos e legais para o desenvolvimento de programas de inclusão dentro das empresas, abordando etapas como a sensibilização no ambiente de trabalho, a importância do mapeamento de cargos e funções, além de soluções de tecnologia assistiva, acessibilidade, treinamento e capacitação.
Podendo servir como um guia de bolso para profissionais que atuam na área de Recursos Humanos, a cartilha foi criada com o intuito de quebrar preconceitos e fortalecer os princípios da inclusão, como o respeito à diversidade humana e a promoção da acessibilidade nos ambientes.

Além de cumprir o percentual de cotas, o empresariado deve trabalhar as diferentes necessidades de cada indivíduo dentro do ambiente de trabalho, oferecendo acessos e ferramentas para que qualquer funcionário desenvolva suas funções com autonomia. Hoje, infelizmente, mais de 40% das empresas não cumprem as cotas para funcionários com deficiência. Segundo o Ministério do Trabalho a média de execução da lei é 21%. Em dez vagas que o país deveria destinar a pessoas com deficiência, apenas duas são preenchidas.
O baixo número também é um reflexo das dificuldades que o cidadão com deficiência enfrenta no dia a dia para sair de casa. Sem calçadas em boas condições e transporte acessível é quase impossível garantir que uma pessoa com deficiência chegue com autonomia e segurança ao local de trabalho.

Ou seja, a acessibilidade não deve estar presente apenas da empresa para dentro. Tem que ser trabalhada como um dos pilares da mobilidade urbana. Afinal, de que adianta um funcionário cego ter acesso em sua empresa a softwares com leitor de tela, se a calçada que o leva até o seu trabalho não tem piso podotátil nem calçamento adequado? Se o ônibus não tem espaço para o seu cão-guia nem aviso sonoro? Ou o pior: se o motorista do veículo sequer para no ponto para que ele possa utilizar o serviço?

Garantir acessos implica em atitudes que integrem o ser humano em todas as áreas da sociedade. É uma questão de atitude, de agir de maneira acessível às diferentes necessidades de cada um. E o trabalho é sem dúvida uma das principais ferramentas de integração social. Além de garantir poder de consumo, dignidade e bem-estar, é o que nos permite almejar metas. Sonhar. Paralisada do pescoço para baixo desde os meus 26 anos, sempre fui ativa – antes e pós-tetraplegia. A realidade é que deficiência alguma subtrai a inquietação de alma e nossa vontade de produzir.

Esse desejo reside em qualquer pessoa com deficiência. Cabe aos gestores públicos planejarem cidades que se adaptem à diversidade humana. E compete às empresas permitir que as pessoas aflorem suas capacidades e contribuam com seu talento.

Fonte:  http://blog.isocial.com.br/trabalhar-a-inclusao/
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Dia das Crianças... Não podemos esquecer destas...


Recebi esse vídeo de um grande profissional, psicólogo que eu considero exemplo de dedicação pelo trabalho que faz com as crianças e famílias. Carlos Barreto.

A música que toca ao fundo chama-se "Taare zameen par" e é tema do filme de mesmo nome.
Sei que é difícil fazer algo pelas crianças e seus problemas no mundo todo, mas podemos, pelo menos, dar um passo importante tentando educar as nossas.

A intolerância, a ganância, o egoísmo, a arrogância e a hipocrisia não nascem com as crianças. Elas aprendem. Tentem não ensiná-las.




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sábado, 6 de outubro de 2012

Inclusão: 7 professoras mostram como enfrentam esse desafio

Ensinar crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (NEE) ainda é um desafio. Nos últimos dez anos, período em que a inclusão se tornou realidade, o que se viu foi a escola atendendo esse novo aluno ao mesmo tempo que aprendia a fazer isso. Hoje ainda são comuns casos de professores que recebem um ou mais alunos com deficiência ou transtorno global do desenvolvimento (TGD) e se sentem sozinhos e sem apoio, recursos ou formação para executar um bom trabalho. Dezenas de perguntas recebidas por NOVA ESCOLA tratam disso. Mas a tendência, felizmente, é de mudança - embora lenta e ainda desigual. A boa-nova é que em muitos lugares a inclusão já é um trabalho de equipe. E isso faz toda a diferença.

A experiência de Roberta Martins Braz Villaça, da EMEB Helena Zanfelici da Silva, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, comprova isso. Entre seus 24 alunos da pré-escola está Isabelly Victoria Borges dos Santos, 5 anos, que tem paralisia cerebral. Apesar do comprometimento motor, a menina tem a capacidade cognitiva preservada. Na escola desde o ano passado, ela participa de todas as atividades. "Os conteúdos trabalhados em sala são os mesmos para ela. O que eu mudo são as estratégias e os recursos", explica a professora.

Isabelly se comunica por meio da expressão facial. Com um sorriso ela escolhe as cores durante uma atividade de pintura. No parque, com a ajuda das placas de comunicação, decide se quer brincar de blocos de montar ou no escorregador. Nas atividades de escrita, indica quais letras móveis quer usar para formar as palavras e já reconhece o próprio nome. "Ela tem avançado muito e conseguido acompanhar a rotina escolar", comemora a professora.

Roberta não está sozinha nesse trabalho. Ela conta com o apoio diário de uma auxiliar, que a ajuda na execução das atividades, na alimentação e na higiene pessoal de Isabelly. Outra parceira é a professora do atendimento educacional especializado (AEE). Num encontro semanal de uma hora, elas avaliam as necessidades da menina, pensam nas estratégias a utilizar e fazem a adaptação dos materiais.

Inaugurada em 2001, a escola em que Roberta leciona já foi construída levando em conta a inclusão: o projeto previa um elevador e um espaço para uma futura sala de recursos. Mas daí a funcionar com qualidade, com materiais diversos e uma equipe afinada, foi um longo caminho. "Somente em 2005 passamos a contar com estagiários e auxiliares em sala", lembra a diretora, Maria do Carmo Tessaroto.

Gestores preocupados com a questão e que buscam recursos e pessoal de apoio fazem da inclusão um projeto da escola. Dessa forma, melhoram as condições de trabalho dos professores, que passam a atuar em conjunto com um profissional responsável pelo AEE, a contar com diferentes recursos tecnológicos e a ter ciência de que o aluno com deficiência ou TGD não é responsabilidade exclusivamente sua. Com a parceria da família, as possibilidades de sucesso são ainda maiores, como você verá nas páginas a seguir.

Fonte:  http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/inclusao-7-professoras-mostram-como-enfrentam-esse-desafio-639054.shtml
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O que fazer quando você encontrar uma pessoa com deficiência visual

Nem sempre as pessoas cegas ou com visão reduzida precisam de ajuda, mas se encontrar alguma que pareça estar em dificuldade, identifique-se dizendo seu nome. Faça-a perceber que você está falando com ela (para isso, você pode, por exemplo, tocar-lhe levemente no braço) e ofereça seu auxílio. Nunca ajude sem perguntar antes como deve fazê-lo.


Se a pessoa precisa de um guia, coloque a mão dela no seu braço dobrado, acima do cotovelo. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando. É sempre bom avisar, antecipadamente, a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto. Num corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar seguindo você. Quando tiver que ir embora, avise o deficiente visual.

Para ajudar uma pessoa cega a se sentar, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.

Se uma pessoa cega pede informações, tome cuidado com seu tom de voz. Não fale muito alto. Use seu tom de voz normal.

Ao explicar direções seja o mais claro e específico possível. De preferência, indique as distâncias em metros.

Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.

Quando for solicitado para preencher fichas ou formulários, leia pausadamente cada item. Dê à pessoa deficiente visual tempo suficiente para responder, lendo novamente o item, se for necessário.

Proporcione às pessoas cegas ou com visão reduzida a mesma chance que você tem de ter sucesso ou de falhar. Fique à vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". As pessoas cegas as usam com naturalidade.
As pessoas cegas ou com visão reduzida são como você, só que não enxergam. Trate-as com o mesmo respeito e consideração que você trata todas as pessoas. No convívio social ou profissional, não exclua as pessoas com deficiência visual das atividades normais. Deixe que elas decidam como podem ou querem participar.

Fonte: www.pessoacomdeficiencias.sp.gov.br/portal (Com adaptações








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Sugestões de como lidar com uma pessoa com deficiência

Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente". Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não deficientes. A seguir, apresentamos algumas dicas de como lidar com uma pessoa deficiente.


1.Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, você vai ignorar uma característica muito importante dela. Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou e que não é real.

2.Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração. Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa.

3.As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.

4.Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente. Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.

5.A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito da sua deficiência e como ela realiza algumas tarefas. Mas, se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer perguntas íntimas.

6.Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes ou intérpretes.

7.Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Espere sua oferta ser aceita antes de ajudar e a forma mais adequada para fazê-lo. Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência.

8.Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.

9.As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios e os mesmos sonhos.

10.Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo. Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor nunca falham.


Fonte:www.pessoacomdeficiencias.sp.gov.br/portal
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